Páginas

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Brasil e mundo


Crise presidencial
Além do governo federal, em que a presidente Dilma Rousseff corre em busca de "bombeiros" para apagar os "focos de incêndio" que se espalham para pontos estratégicos do Palácio de Brasília, também outros setores da vida brasileira e internacional entram em processo de parafuso, colocando em pane qualquer um que tente encontrar justificativas para fatos que surgem de onde não deveriam surgir.

A presidente Dilma vive o seu "inferno astral" e já começa a mostrar falta de força pessoal e de liderança política para debelar movimentos contrários aos pensamentos e aos interesses que vêm do alto da pirâmide política.

A votação sobre o Código Florestal que, além da oposição, recebeu também votos contrários da própria base de sustentação do governo, irritou a presidente e gerou crise cerrada entre PT e PMDB. Depois, a presidente resolveu colocar a cara e a coragem para defender o ministro Palocci, recomendando a sua blindagem quanto à convocação para que o - até então, praticamente - grande responsável pela articulação política do Planalto deponha no Congresso, explicando como conseguiu aumentar em 20 vezes o seu próprio patrimônio em pouco mais de 9 anos. A blindagem do ministro colocou "lenha no fogo", fazendo com que a oposição aproveitasse o momento para atiçar mais as brasas do enfrentamento, colocando mais pontos de interrogação sobre o assunto.

O problema ganhou um novo e negativo elemento, quando o ex-presidente Lula resolveu sair da coxia para aparecer no palco e contracenar com a presidente na defesa do ministro. Com isso, Lula deixou claro que Dilma estava fragilizada e sem condições de debelar a crise que se estabelecia, especialmente após o vice-presidente Michel Temer (PMDB) partir para o bate-boca com Palocci, que ameaçou demitir, como retaliação, o ministro da Agricultura (indicado por Temer).

A situação do governo ficou mais delicada, pois os acontecimentos passam a mostrar que Dilma não consegue ter o mesmo jogo de cintura do seu antecessor na cadeira da presidência. Lula sabia fazer a limonada do limão que recebia. Dilma mostrou que ainda não sabe.

Fora as crises que se estabelecem em Brasília, o mundo também mostra seus novos ensaios descoloridos, como na FIFA, em que o presidente Joseph Blatter convocou a imprensa para falar pouco, nada dizer e ainda sair irritado com as perguntas sobre o caso de um possível suborno envolvendo aquele órgão e gente da própria entidade. No Brasil, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e seu sogro, ex-presidente da FIFA, são acusados de envolvimento em escândalos esportivos, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usa espaço em filme para se dizer favorável à descriminalização do consumo da maconha no Brasil. O ex-presidente salienta que interessante será a regulamentação para o consumo.

Diante de tantos fatos críticos envolvendo presidentes e ex-presidentes, vale lembrar o saudoso Aporely (Barão de Itararé) quando expressou a sua máxima:
"De onde menos se espera, é daí mesmo que nada sai"!

Forças de segurança matam ao menos 11 civis




As forças de segurança sírias mataram a tiros ao menos 11 civis hoje na cidade de Rastan, na região de Homs, centro da Síria, na esteira de três meses de protestos populares pela queda do ditador Bashar al Assad, que os enfrenta com dura repressão.

Os civis foram mortos por disparos de atiradores de elite e forças de segurança que invadiram Rastan e impuseram um toque de recolher, disse Ammar Qurabi, chefe da Organização Síria de Direitos Humanos, e o advogado Razan Zaitouna.

Desde a madrugada do último domingo, dezenas de tanques cercam Rastan e Talbiseh, assim como a localidade de Teir Maaleh, para tentar esmagar o protesto nestas regiões próximas a Homs, terceira maior cidade da Síria, que fica 160 km ao norte de Damasco.

Eles disseram que ao menos 52 civis foram mortos e 200 foram presos em Rastan desde então. Apenas na terça-feira, disparos mataram 41, incluindo uma criança de quatro anos.

Abu Talal Al Tillaui, morador de Talbiseh, disse ter ouvido disparos na cidade, próxima de Homs. "Agentes dos serviços de segurança com uniforme do Exército executaram apreensões. Quebram tudo o que encontram, geladeiras, televisores, carros", afirmou.

Desde o início das revoltas, mais de mil pessoas morreram na repressão do governo aos protestos oposicionistas, segundo ativistas.

Adolescente morto se torna símbolo para manifestantes

Crianças Síria levam fotos de Hamza al-Khatib de 13 anos de idade e seguram velas durante um protesto em frente ao prédio das Nações Unidas em Beirute 01 de junho de 2011


Adolescente morto se torna símbolo para manifestantes
Crianças Síria levam fotos de Hamza al-Khatib de 13 anos de idade e seguram velas durante um protesto em frente ao prédio das Nações Unidas em Beirute 01 de junho de 2011
Um adolescente sírio, que ativistas alegam ter sido torturado e morto por forças de segurança do governo, se tornou um poderoso símbolo para os manifestantes que enfrentam uma dura repressão nos protestos contra o presidente Bashar Assad.

Uma foto de infância de Hamza al Khatib, 13, foi estampada nos cartazes dos manifestantes em toda a Síria, depois que um vídeo no YouTube mostrando o corpo dele ensanguentado provocou indignação internacional. Ativistas alegam que Khatib desapareceu depois de uma manifestação em 29 de abril na região de Daraa e foi torturado e morto pelas forças de segurança. Seu corpo foi devolvido à família cerca de um mês depois.

Autoridades sírias negam que o adolescente foi torturado, afirmando que ele foi morto em uma manifestação na qual gangues armadas dispararam contra as forças de segurança.

Khatib, assim como o vendedor de frutas Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao próprio corpo na Tunísia, e a iraniana Neda Agha Soltan, cujos últimos momentos de vida em uma manifestação oposicionista foram gravados e divulgados na internet, se tornaram um poderoso símbolo para os manifestantes que exigiam maior liberdade em seus países. O vídeo de Khatib está com falhas e não pode ser comprovada por fontes independentes. O vídeo aparentemente foi gravado em 25 de maio.

Sobe para 17 o número de mortos por bactéria E. coli




 Após a Alemanha ter registrado 365 novos casos de contaminação pela bactéria Escherichia coli (E. coli) somente nesta quarta-feira, mais uma morte foi confirmada nas últimas horas, elevando para 17 o número de vítimas no país e na Suécia. De acordo com as autoridades alemãs houve a indicação de que a morte de uma mulher de 84 anos no último domingo (29) ocorreu devido às complicações causadas pela E. coli.

Enquanto o número de contaminações aumenta exponencialmente, autoridades sanitárias europeias permanecem longe de identificar com certeza a fonte exata da bactéria - nos últimos dias houve confusão quanto à presença da E. coli em pepinos espanhóis, e cogitou-se também que alfaces e tomates possam estar contaminados. "Esta espécie em particular com a qual estamos lidando parece ser única", disse a doutora Hilde Kruse, chefe dos programas de segurança alimentar da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Apenas nos Estados alemães da Baixa Saxônia e Schleswig Holstein, 200 novos casos foram registrados pelas autoridades médicas, elevando o número para 1.900 desde o início de maio, de acordo com a agência alemã DPA. "Registramos uma novo aumento nos casos de contaminação", declarou em Hamburgo Cornelia Prüfer-Storcks, secretária de Saúde do Estado, um dos principais focos da epidemia, onde o número total de doentes chegou nesta quarta-feira a 668, 119 a mais do que na véspera.

A União Europeia enfrenta "uma grave crise" e tudo deve ser feito para identificar o mais rápido possível a causa da epidemia, declarou o comissário europeu encarregado da Saúde, John Dalli. A Comissão Europeia menciona também uma "crise de consumo" em toda a Europa, com "uma diminuição radical do consumo de frutas e legumes, e não apenas dos pepinos", segundo um de seus porta-vozes.

Novo teste
As pesquisas foram relançadas com novas ferramentas para combater uma das mais graves epidemias desse tipo já registradas no mundo. Ela se manifesta por meio de hemorragias no sistema digestivo e, nos casos mais graves, com problemas renais (Síndrome Hemolítica-urêmica, SHU). O Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos (BfR) anunciou nesta quarta a criação de um novo teste, em parceria com pesquisadores franceses da Agência Nacional de Segurança Sanitária (Anses), para detectar a bactéria em alimentos.

Crise diplomática
A chamada crise do pepino resultou em uma crise diplomática para a Alemanha, acusada pela Espanha de se precipitar ao dizer que os pepinos espanhóis seriam a fonte primária da bactéria.
Nesta quarta-feira, a ministra de Agricultura alemã Ilse Aigner rejeitou as críticas de Madri de que o governo acusou falsamente os pepinos espanhóis de serem os responsáveis pelo surto, depois que alguns legumes testados deram positivo para E.coli. "Havia E. coli nos pepinos espanhóis", disse Aigner. "Portanto, pelas regulações europeias, um alerta rápido precisava ser emitido".

A Espanha alertou na terça-feira que vai querer indenizações pelo alerta "precipitado e sem fundamento" diante de danos ao setor hortifrutigranjeiro espanhol que chegam a 200 milhões de euros, segundo cálculos dos produtores espanhóis.
   

Dois anos após o golpe, OEA se dobra ao novo governo de Honduras



Com apenas um voto contra - do Equador -, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira a resolução que reintegra Honduras ao órgão. O país fora suspenso após o golpe que derrubou e forçou o exílio do ex-presidente Manuel Zelaya em junho de 2009.

A resolução foi elaborada após o acordo de Cartagena, que anistiou Zelaya e permitiu sua volta a Honduras. O acordo de Cartagena não examina consequências legais para os autores do golpe, o que causou polêmica entre organizações civis e complicou a volta do país à organização.

A sessão especial da OEA dedicada ao assunto começou com atraso de mais de duas horas. Diplomatas no local afirmaram à imprensa que houve reuniões emergenciais pela manhã devido a uma tentativa de última hora da Venezuela de incluir a possibilidade de julgar os golpistas na resolução. A tentativa não vingou, e a Venezuela, que ajudou a costurar o acordo de Cartagena, acabou votando a favor da resolução, ainda que "com ressalvas".

Já a representante do Equador na OEA, Maria Isabel Salvador, não cedeu e afirmou que a contrariedade era uma questão de princípios. "[Antes da reintegração], cabe perguntar qual a situação dos direitos humanos e da impunidade dos que executaram o golpe", disse. "Democracia, estado de direito, devido processo não podem ser apenas palavras. Por isso nao podemos concordar com os demais Estados-membros", completou. O Equador é o único país que defendia publicamente o julgamento dos golpistas. Na semana passada, tentou evitar a reunião excepcional desta quarta-feira.

Eram necessários dois terços dos votos para aprovar a resolução, o que foi facilmente alcançado. Até Zelaya, que voltou a Honduras no último sábado, era a favor da reintegração. Para ele, não é necessário resolver todos os problemas pós-golpe com uma única resolução.













Milhares de israelenses comemoram ocupação de Jerusalém


Em ato considerado provocativo, Netanyahu faz saudação em bairro palestino de Jerusalém


Em ato considerado provocativo, Netanyahu faz saudação em bairro palestino de Jerusalém
Cerca de 45 mil israelenses comemoraram nesta quarta-feira o aniversário de 44 anos da ocupação da parte oriental da cidade durante a guerra de 1967 com uma marcha iniciada justamente no bairro palestino de Sheikh Jerrah. Conhecido como Dança das Bandeiras, o evento reuniu pessoas com bandeiras israelenses que seguiram do bairro palestino até a Cidade Velha.

O status de Jerusalém é uma das questões mais espinhosas no conflito israelense-palestino. De acordo com as lideranças palestinas, uma das condições para que seja possível um acordo de paz com Israel é que a cidade santa seja compartilhada, com Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado Palestino e Jerusalém Ocidental permanecendo com Israel.
Mais de 200 mil cidadãos israelenses moram hoje em dia em Jerusalém Oriental e esta parte da cidade foi anexada por Israel depois da ocupação, em 1967. A comunidade internacional considera ilegal esta ocupação.

Netanyahu
Os eventos foram abertos com um discurso do primeiro ministro Benjamin Netanyahu, que declarou que o país jamais concordará em devolver as terras aos palestinos, voltando à situação existente em Jerusalém antes da guerra de 1967.
"Naquela época Jerusalém era uma cidade dividida e ameaçada", alegou o premiê, "jamais concordaremos que nossa capital volte a ser dividida".

As autoridades israelenses mobilizaram milhares de policiais para garantir a segurança dos eventos do Dia de Jerusalém. Mesmo assim, participantes se confrontaram com manifestantes israelenses que protestavam contra o ato por considerá-lo uma provocação contra os palestinos.
O grupo pacifista israelense Gush Shalom (Bloco da Paz, em tradução livre) protestou contra o evento, afirmando que "a marcha provocadora dos colonos simboliza a mentira da unificação de Jerusalém". O Gush Shalom afirma que "não houve unificação, mas sim a criação de um regime de ocupação que oprime os palestinos de Jerusalém Oriental".




Nenhum comentário:

Postar um comentário